Archive for 2014

Assistência social

Olá Boa tarde,

Quero através desse post enfatizar a necessidade de se fazer missões , quero focar em uma das vertentes de missões que é a assistência social. O apóstolo Paulo em 2 Co 8 começa o capítulo dizendo :

"¶ Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da macedônia;

2 Coríntios 8:1

Paulo através do exemplo das igrejas da Macedônia estava tentando estimular de alguma forma a igreja de corintios. 

Como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade.
Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.
Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.

2 Coríntios 8:2-4

Assistência e ação social em favor dos irmãos pobres é uma atividade importantíssima em missões, vale salientar que Paulo estava em plena atividade ministerial cumprindo deveres apostólicos e ele mesmo estava encabeçando esse projeto social em favor dos irmãos pobres. Esse apelo de Paulo para que a igreja de Corintios olhasse para o exemplo de Macedônia serve para nós nos nossos dias também, não podemos desprezar os pobres, um dos únicos conselhos que Tiago, na época líder da igreja em Jerusalém, deu a Paulo no primeiro concilio da igreja foi : 

"Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência."

Gálatas 2:10

Se era um fundamento e principio estabelecido na igreja primitiva, assim ter que ser nos nossos dias, mas hoje ao invés disso temos escutado nas igrejas que quem é pobre está debaixo de maldição, temos visto os pobres escanteados enquanto os ricos estão sendo honrados, a bíblia deixa bem claro que essa diferença feita dentro da igreja é um pecado sério:

¶ Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje,
E atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado,
Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?
Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?
Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não vos oprimem os ricos, e não vos arrastam aos tribunais?
Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?
¶ Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
Mas, se fazeis acepção de pessoas, COMETEIS PECADO, e sois redargüidos pela lei como transgressores.

Tiago 2:1-9

É nossa obrigação cuidar dos nossos irmãos pobres, faz parte da justiça divina :

"Conforme está escrito:Espalhou, deu aos pobres;a sua justiça permanece para sempre."

2 Coríntios 9:9

E olha que coisa interessante os versos anteriores a 2Cor 9.9 estão nos dizendo que  aquele que semear pouco, pouco também ceifará e o que semear com abundância com abundância ceifará, mas muitas pessoas tem deturpado esse texto, vamos atentar para os pobres faça algo por eles principalmente aqueles que são irmãos, procure-os associe-se com eles nas dificuldades, semeie na vida deles.Essa porção biblica 2cor9-6-9 se refere a coleta aos irmãos pobres, Paulo estava em uma missão e nos ensinou um principio poderoso relacionado a assistência social, nós podemos fazer algo também, procure alguém perto de você em necessidade e seja rápido em ajudar, faça a sua parte ame as pessoas, reparta. 

Abraço fraterno 

Daniel Barbanti


O Poder do Propósito

Todos nós nascemos com um propósito específico, Deus é quem o estabeleceu, nossas habilidades e talentos também são estabelecidos por Ele para o cumprimento e realização do seu propósito coletivo, o propósito dEle está revelado neste verso :

"Que quer(Deus) que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade."

1 Timóteo 2:4

Quando começamos a estabelecer essas duas colunas como bases na nossa vida começamos a cumprir nossos propósitos individuais, e Deus começa a extrair o melhor de nós, existem dons dentro de nós que só serão aflorados quando estivermos totalmente mergulhados nEle, temos como exemplo Josué quando falou ao Sol e a lua :

"No dia em que o Senhor entregou os amorreus aos israelitas, Josué exclamou ao Senhor, na presença de Israel: "Sol, pare sobre Gibeom! E você, ó lua, sobre o vale de Aijalom! "
O sol parou, e a lua se deteve, até a nação vingar-se dos seus inimigos, como está escrito no Livro de Jasar. O sol parou no meio do céu e por quase um dia inteiro não se pôs.
Nunca antes nem depois houve um dia como aquele, quando o Senhor atendeu a um homem. Sem dúvida o Senhor lutava por Israel!"

Josué 10:12-14

Me perguntei : Como é possível ?

A resposta está no final do texto : " Sem dúvida o Senhor lutava por Israel "

Deus tinha feito uma promessa a Abraão , Isaque e Jacó de que estabeleceria a descendência deles em uma terra que mana leite e mel, esse processo levou centenas de anos e dentro deste intervalo de tempo apareceu Josué por coincidência, uma obra do acaso pegando Deus de surpresa, definitivamente Não!! Deus o criou com um propósito e depositou nele talentos e habilidades para 
o cumprimento de sua vontade, em outras palavras o propósito de Josué era parte do cumprimento do propósito divino.Não espere que os milagres aconteçam na sua vida enquanto você estiver fora do propósito divino, comece a cooperar com Deus e verá a manifestação dos dons!

Quando você conhece o propósito de Deus para sua vida você se torna mais rápido, forte, produtivo e santo. E são liberados graça, poder e provisão.

Existe uma liberação de poder para cumprir o nosso chamado , a unção ela se manifesta visando um fim.Compete a nós descobrirmos aonde nos encaixamos , de qualquer modo fomos chamados para lançar o fundamento que é Cristo ou construir em cima deste fundamento , esta é nossa obra e existe uma recompensa para esse trabalho. 

"O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo com o seu próprio trabalho."

1 Coríntios 3:8

Abraços ,
Daniel



Garoto Canadense supre a necessidade de meio milhão de Africanos


JOVEM CANADENSE SUPRE A NECESSIDADE DE 500 MIL AFRICANOS
Essa hisória é a prova de que uma criança pode mudar o mundo.
Ryan Hreljac, hoje com 21 anos, nasceu no Canadá em maio de 1991.
Conheceu aos 6 anos, na escola, a situação das crianças da África.
Soube que várias morriam de sede e ficou mutio comovido.
O menino perguntou quanto custaria para levar água a eles.
A professora disse que um pequeno poço poderia custar cerca de 70 dólares.
Ryan pediu o dinheiro para a mãe e fez trabalhos domésticos para conseguir a mesada.
Quando reuniu os 70 dólares e pediu à sua mãe que o acompanhasse à sede da WaterCan para comprar seu poço para os meninos da África.
Lá desobriu que o custo real da perfuração de um poço era de 2.000 dólares.
Sabendo que a mãe náo teria tanto dinheiro pra lhe dar, Ryan prometeu voltar e arregaçou as mangas.
Convenceu amigos, vizinhos e parentes de todo o bairro onde morava, e com serviços prestados conseguiu os 2 mil dólares.
Ryan voltou triunfante a WaterCan para pedir seu poço, que foi perfurado em janeiro de 1999 em uma vila ao norte de Uganda.
Começa alí um trabalho humanitário que não parou mais e cresce até hoje.
Ryan não parou de arrecadar fundos e de viajar o mundo buscando apoios.
Em 2000 ele conseguiu viajar para conhecer de perto o povoado onde havia sido perfurado seu poço.
Foi recebido com festa e ficou supreso ao saber que todos lá sabiam seu nome: Ryan!
Hoje ele tem sua própria fundação.
Conseguiu levar mais de 400 poços à África e ensina os nativos a cuidar dos poços e da água.
Conheça o site do menino que acreditou em seu sonho e já fez diferença na vida de meio milhão de crianças: Ryans Well Foundation
http://www.ryanswell.ca/

10 conselhos para um Missionário por Ronaldo Lidório

1. Cuide de sua vida com Deus. Cuide bem de sua vida pessoal, especialmente de sua vida com Deus. Não negocie os momentos devocionais diários, mesmo debaixo das pressões do campo e do ministério.

2. Priorize a família. Não é segredo que a família é a instituição mais atacada em nossos dias. Priorizá-la tem sido uma ordem amplamente repetida, porém pouco praticada. De forma simples, priorizar a família é dedicar tempo e atenção à mesma.

3. Tenha um modelo de descanso. Normalmente a agenda missionária não é linear, portanto, poucos conseguem desenvolver uma rotina semanal. Se retirar um dia de descanso por semana não é um modelo viável em seu caso, use outros. O modelo de Cristo era de se engajar intensamente com o ministério e depois desengajar por um tempo para se refazer. É necessário ter um modelo de descanso.

4. Mantenha relacionamentos saudáveis. O relacionamento é possivelmente a melhor ferramenta de trabalho no universo missionário. Não se envolva com conflitos desnecessários e tenha em mente que manter um bom relacionamento com sua equipe e com o grupo-alvo determinará, em boa medida, o rumo do seu ministério.

5. Siga sua visão e chamado. Envolver-se com tudo é a melhor receita para nada concluir. Tenha uma visão clara e um ministério definido. Projete o que você, de acordo com sua visão e chamado, gostaria de ver concluído em 5 ou 10 anos.

6. Organize-se. Tenha um projeto ministerial bem definido e, preferencialmente, por escrito. Tenha clareza de alvos, estratégias e atividades. Liste as atividades em sua agenda, separando-as por mês e por semana. Faça listas diárias - se for de ajuda - e revise, sempre, a relação do que precisa ser feito.

7. Administre as críticas. A única forma de não ser criticado é nada fazer. Portanto, saber administrá-las é essencial para o missionário. Algumas dicas: (a) Não a jogue fora. Mesmo a que é formulada ou comunicada carnalmente pode conter uma verdade sobre a sua vida; (b) Não durma com a crítica. Após avaliá-la perante o Senhor, use o que for proveitoso e se desfaça dela. A crítica guardada por períodos prolongados desenvolve a capacidade de gerar profunda ansiedade na alma; (c) Não se torne um crítico. As pessoas mais críticas que conheço foram muito criticadas no passado.

8. Não faça de sua casa um lugar de refúgio. Aprender uma língua e uma cultura, plantar uma igreja ou desenvolver um projeto social, requer relacionamento com o povo local. Gaste mais tempo com o povo do que com sua equipe. Limite o tempo no computador e tenha uma rotina diária fora de casa.

9. Trabalhe enquanto é dia. Missionários tendem a deixar seus campos sem aviso prévio. As causas vão desde enfermidades, vistos, educação dos filhos, até outros fatores imprevisíveis. O tempo que você tem no lugar que Deus o colocou é, portanto, preciosíssimo. Use-o com sabedoria e intensidade.

10. Mantenha seu coração ensinável. Sempre temos muito a aprender e, às vezes, com a pessoa mais improvável. Leia, converse, participe de cursos e encontros, reflita sobre o que vê e ouve. Um coração ensinável aprende mais de Deus e não comete duas vezes o mesmo erro. 


I ´m a missionary by Loren Cunningham



Missionário , Maluco , Martir , Mendingo ou o Que ?

http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/269/missionario-maluco-martir-mendigo-ou-o-que

Missionário: maluco, mártir, mendigo ou o quê?

Antonia Leonora van der Meer

A igreja evangélica brasileira em poucas décadas transformou-se de campo missionário em “celeiro de missões”. Como a igreja está assumindo e tratando seus missionários? 



Maluco?

Fui convidada para falar sobre missões numa igreja bem viva e dinâmica. A família que me hospedou não se cansava de ouvir minhas experiências missionárias. Até que, de repente, a filha que estava para terminar o curso de medicina começou a mostrar que estava seriamente considerando a possibilidade de servir na obra missionária. O ambiente mudou totalmente:

— Isso seria uma loucura!

Muitos cristãos ainda consideram o missionário basicamente um maluco. Como é que uma pessoa de boa formação ou com responsabilidades dentro da família abandona tudo e todos para embrenhar-se em alguma selva entre povos tribais ou para confrontar situações de alto risco em países resistentes, onde há falta de segurança e de confortos básicos?

— Missionários solteiros, tudo bem (desde que não seja meu irmão ou minha filha), mas um casal com filhos é o cúmulo do absurdo! É claro que Deus não pediria uma coisa dessas para seus filhos! — é o pensamento de muitos.

Será que Deus não pediria? O que lhe custou o seu projeto missionário? A Bíblia afirma que se trata de uma loucura de Deus: uma loucura poderosa para salvar e transformar vidas humanas. Graças a Deus pelos que aceitam ser “os malucos de Deus” (1 Co 1.21-29).

Mas isso significa uma atitude irresponsável da parte do missionário? Ou da igreja? Infelizmente, muitas vezes tem sido! E aí já abandonamos a categoria da loucura segundo Deus para uma loucura humana, irresponsável. Isso acontece quando o missionário é enviado com um espírito ufanista, sem o preparo espiritual, bíblico, missiológico e pastoral adequado. Quando ele ou sua igreja se sentem auto-suficientes, não precisam de ajuda ou orientação, nem de missionários mais experientes, nem de líderes cristãos nacionais. Assim, o missionário é enviado para ser bênção, mas nem sempre será.

Mas existe outra irresponsabilidade ou loucura injustificável e pecaminosa que nossas igrejas têm praticado. Enviam o missionário com a bênção da igreja, que se orgulha em divulgar que sustenta “X” missionários. Mas, de repente, surge um projeto de construção ou outra necessidade urgente que demanda toda a atenção.

— Ora, o missionário é pessoa de fé. Deus cuida dele — e a igreja abandona seus missionários no campo.

Será que o pastor também não é homem de fé? Por que, então, tal atitude inconseqüente? O missionário enfrenta dificuldades, às vezes problemas de saúde, falta de recursos básicos, falta de explicações e comunicação, dívidas. Como resultado, surge uma profunda crise. Às vezes trata-se de uma pessoa que se adaptou bem ao campo, progrediu no estudo da língua nacional, relacionou-se bem com os nacionais e acaba sendo derrotada por esse abandono!

Gostamos de falar em guerra espiritual, mas abandonamos nossa tropa de elite, nossos comandos no campo de batalha, sem orientação, sem recursos, às vezes feridos, sem qualquer cuidado! Nenhum exército humano faria isso.

Outra manifestação dessa inconsistência acontece no momento em que o missionário põe os pés de volta no Brasil:

— Voltou do campo? Deixou de ser missionário. Acabou o sustento! — um tremendo contraste com empresas e governos, que enviam funcionários para servir em outras culturas ou situações de risco, e sempre oferecem uma série de compensações.

Mas, no caso dos nossos missionários, se o sustento não acaba por completo, geralmente diminui consideravelmente, afinal “o missionário é uma pessoa simples, chamada para sofrer”...

Não nego que muitos sejam chamados para sofrer. Mas esse sofrimento não deveria ser causado pela igreja que o envia e sustenta, mas pelas condições do contexto de vida do local onde trabalha. É triste saber que missionários brasileiros voltam prematuramente do campo muito mais por causa da falta de preparo, de sustento e de apoio pastoral adequados, e por problemas de relacionamento com os que os enviam, do que por problemas de ministério ou de relacionamento com as pessoas a quem servem, mesmo em países considerados de alto risco.



Mártir?

— Missionário?! Para mim é um ser muito mais santo, uma pessoa chamada para sofrer. É alguém que não se preocupa com as coisas do mundo, despojado. Um verdadeiro mártir!

É assim que muitos vêem o missionário. Um ideal que pode ser admirado e colocado num pedestal, não um modelo para ser seguido. E é claro que uma pessoa que está no pedestal não precisa de minha ajuda e compreensão. Está ali para ser admirada (ou apedrejada).

Muitos missionários voltam dos campos emocionalmente exaustos, confusos, quebrantados, precisando muito de um tempo de renovação, cuidado e repouso. Mas são recebidos ou como heróis, com um programa lotado de compromissos, ou sem nenhuma atenção. A igreja deveria ser a família onde fossem recebidos com amor, carinho, cuidado, interesse neles como pessoas, e não só no trabalho que realizam.

Há cristãos que, quando ouvem relatos de crises tremendas ou encontram o missionário doente, magro e exausto, aplaudem:

— Esse é um verdadeiro missionário!

Mas, quando o mesmo missionário passa por uma fase mais tranqüila, facilmente surgem críticas e desconfianças:

— Ele fica viajando por aí com nosso dinheiro... Que trabalho realmente está fazendo? Parece até que está passando muito bem!

O que significa mártir? Vem da palavra “ser testemunha”, “dar testemunho”. Mas aí o martírio não é privilégio só de missionários, e sim de todo cristão verdadeiro...

O que vemos na igreja primitiva? Certamente houve alguns mártires que morreram pelo seu testemunho. Mas a maioria deles recebia vários tipos de apoio de igrejas e irmãos, e não buscava o sofrimento. Este vinha sem ser convidado, muitas vezes inesperado, e era enfrentado com fé e coragem pelos discípulos de Jesus, que até se sentiam honrados por sofrerem pelo seu nome.

Será que estou defendendo a volta de uma busca do martírio? Não! Mas se não estamos dispostos a encarar seriamente essa possibilidade como conseqüência de nosso ministério em situações de crise, teremos de abandonar muitos dos campos missionários mais carentes.

No século 19, muitos missionários iam ao continente africano sabendo que havia um alto risco para suas vidas. Oitenta por cento morriam de malária, doença que ainda tem matado alguns jovens missionários brasileiros na África. Isso é doloroso, mas não significa o fim de nossa responsabilidade. Mais difícil é a situação em muitos países, onde o fundamentalismo religioso vê o cristão como ameaça à sua cultura, família ou nação. Tem havido muitos martírios, a maioria de simples cristãos nacionais, dispostos a arriscar suas vidas no seu testemunho (martírio), muitas vezes sobrevivendo com salários ínfimos.



Mendigo?

Ainda outros vêem o missionário como mendigo:

— Na minha igreja, missionário não prega!

Um visitante estrangeiro, a quem um pastor foi constrangido a ceder o púlpito, transmitiu a mensagem de Deus e, para surpresa do pastor preconceituoso, não pediu nada. Não estava ali para pedir.

Podemos perguntar mais uma vez: por que o pastor é digno de um salário decente, plano de saúde, auxílio para transporte etc. e o missionário é obrigado a “pedir esmolas” para o seu sustento?

Pessoalmente, dou graças a Deus porque nunca precisei pedir pelo meu sustento. Os próprios líderes da Missão escreveram algumas cartas e igrejas e irmãos se manifestaram com boa disposição para ajudar no meu sustento, muitas vezes fontes inesperadas e fiéis. Nunca faltou nada.

Mas o missionário que é convidado para se apresentar com carta de sua agência missionária com vistas a levantar sustento para o seu ministério não deveria se sentir e muito menos ser tratado como mendigo. Ele não é um peregrino solitário, mas um enviado, um embaixador, em primeiro lugar de Jesus Cristo, mas também da igreja. Missões é sempre um ministério participativo, nunca uma tarefa isolada de um excêntrico.

Conheci uma missionária que, depois de vários anos de ministério frutífero no exterior, passou um tempo no Brasil para mais treinamento. Ela sofria com dor de dentes, mas não tinha coragem de compartilhar essa necessidade com sua igreja, com medo de ouvir: “Lá vem nossa missionária pedir de novo!”

A igreja deveria providenciar este e outros cuidados naturalmente, livrando seus missionários de tal constrangimento.

Por outro lado, a igreja não deve ser ingênua, como muitas vezes tem se mostrado. Há missionários com boa lábia, que despertam as emoções e levam as pessoas a contribuir. Estes, nem sempre têm um bom testemunho no campo. Há outros que são fiéis e respeitados no seu ministério; são mais humildes na apresentação e, por isso, são esquecidos. De qualquer forma, parece ser algo extraordinário, não normal, contribuir com o sustento missionário.

A igreja deve saber também que é muito melhor sustentar alguns, com um compromisso integral de intercessão e cuidado pastoral, que dar esmola a muitos. Uma igreja com coração missionário recebe bem seu missionário que vem de férias e o ajuda a conseguir moradia, cuidados de saúde, apoio pastoral, um lugar para descansar. Muitas igrejas ainda não têm essa visão. Assim, muitos missionários voltam ainda mais arrebentados para o campo.

Uma vez fui convidada insistentemente (quase forçada) para ir numa grande reunião de senhoras de muitas congregações diferentes. Estava com pouco tempo, mas cedi ao convite. Quando chegou o momento para o testemunho missionário, a dirigente falou:

— Tem uma pessoa aqui que veio nos pedir uma coisa. Vamos lhe dar dois minutos?

Sentindo-me humilhada, consertei:

— Não vim pedir nada. Fui convidada para dar um testemunho. Se me ouvirem pelo menos cinco minutos, disponho-me a falar.

Soube que, numa grande conferência cristã na Inglaterra, alguém fez um apelo para que os participantes guardassem os saquinhos de chá usados para doar aos missionários. No dia seguinte, por toda parte, viam-se saquinhos secando ao sol. Por que não pensaram em usar duas vezes o mesmo saquinho de chá e enviar saquinhos novos para os missionários?

Em várias igrejas, tenho pedido roupas e calçados usados e literatura evangélica para ajudar os irmãos angolanos. Muitas estão dispostas a dar, mas não a selecionar, empacotar e, muito menos, ajudar nos custos de transporte. É sempre uma feliz surpresa quando uma igreja ou pessoa prontificam-se não apenas a doar, mas também a enviar as doações.



Ou o quê?

Afinal, quem é o missionário?

É um ser humano, pecador, que comete erros, mas que foi salvo pela graça.

É um ser humano vulnerável, que vive pressões muito maiores que as de cristãos que ficam em casa, e geralmente têm muito menos estruturas de apoio.

É um ser humano seriamente comprometido com o reino de Deus, disposto a abrir mão de muitos confortos, segurança e relacionamentos para obedecer ao seu chamado de amar e servir um povo diferente.

É um ser humano que precisa de pessoas que procurem compreendê-lo, interessar-se em seus problemas, dores, projetos, sonhos e frustrações.

É um ser humano muitas vezes deslocado, desorientado, confuso, cansado, precisando de repouso, restauração de forças e amizade sincera.


O que vamos fazer com ele?

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